terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Blogueiros usam farda

GMs de Jundiaí apostam no mundo virtual com blogs que mesclam informações e a história da corporação

Além de auxiliarem a população nas ruas com instruções e segurança, alguns guardas municipais de Jundiaí se lançaram ao mundo virtual em busca de algo valioso: a informação. Em blogs, eles têm orientado internautas com dados sobre a cidade e resgatam a história de sua corporação.

Um deles é Oswaldo Zuim Júnior, 39 anos, que criou o espaço nucleodeestudosgms.blogspot.com há três anos. Nele, escreve sobre diversos assuntos e curiosidades, especialmente assuntos relacionados à Guarda Municipal em um link especial dentro do blog.

“Já houve o caso de um guarda novato que viu um de meus vídeos no YouTube e buscou mais instruções sobre documentos que deveria apresentar aqui na corporação”, afirma Zuim, que posta vídeos e fotos para chegar aos seus leitores.

“Em toda a minha carreira, mesmo antes de trabalhar com o computador, sempre gostei de lidar com informação”, afirma.

Um de seus colegas na corporação, o guarda municipal Antônio Sérgio Perboni, 51 anos, não sabia sequer como ligar um computador até três anos atrás.

Na época, ele teve alguns problemas psicológicos e teve de se afastar temporariamente da Guarda. No tempo ocioso em casa aprendeu a lidar com a máquina com a ajuda de seus três filhos, especialmente o mais novo Gustavo, 17, “que vivia em lan houses”.

A internet abriu uma janela para o mundo ao guarda que logo começou a frequentar redes sociais, trocar informações e perceber os benefícios. Em um de seus últimos posts no endereço gmperboni.blogspot.com ele alerta sobre o perigo do cerol em pipas na época em que os jovens estão de férias. E abre espaço para textos de outros colegas da Guarda.

“No tempo em que comecei existiam apenas máquinas de escrever”, lembra Perboni, há 27 anos no emprego. “Nunca imaginei que, após anos, estaria na internet.”

No caso do guarda municipal Dirlei Antonio, 41, a paixão pela informação o fez cursar jornalismo mas não o fez deixar a GM. Hoje ele tenta unir as coisas, com um trabalho fotográfico quando está em campo.

“É claro que o guarda vem antes do jornalista e sempre atendo a população antes de fazer minhas fotos”, explica Dirlei que, com sua câmera, já presenciou cenas tristes e até curiosas.

De alguns anos para cá, ele tem fotografado também seus companheiros, preservando a memória da instituição.

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