A existência das guardas municipais nas cidades está ligada ao tamanho da população: elas existem em quase noventa por cento dos municípios com mais de 500 mil habitantes. E contam hoje com 80 mil guardas no total. Mas a presença das guardas nas grandes cidades, algumas com altos índices de violência, não faz a população se sentir mais segura.
Uma pesquisa do Ipea feita há dois anos mediu a percepção das pessoas sobre a segurança pública. E identificou que a maioria dos brasileiros tem muito medo de ser assassinada e de ser vítima de um assalto a mão armada.
No seminário promovido pela Comissão de Legislação Participativa, representantes da categoria defenderam a aprovação da proposta que modifica a constituição autorizando as guardas municipais a atuar na proteção dos habitantes. Atualmente, a instituição faz apenas a proteção de bens, serviços e instalações. Para o deputado Arnaldo Faria de Sá, do PTB de São Paulo e relator da proposta, o trabalho das guardas é fundamental no apoio às polícias.
"Veja o caso de Ralengo, se a guarda municipal do Rio estivesse assumido sua atribuição de estar à frente a escola, aquela pessoa veria a rotina da presença do guarda ele não teria planejado se quer a invasão na escola e matado tantas pessoas".
Para o guarda municipal de São Paulo e presidente da ONG SOS Segurança Dá Vida, Maurício Domingues da Silva, a aprovação da PEC pode ser eficaz em evitar tragédias.
"É extremamente importante, porque você passa a dar polícia as guardas municipais. Que é fundamental tem muitas cidades que a verdadeira segurança pública é exercida pelas guardas municipais, em apoio a polícia militar e a polícia civil"
A PEC que amplia as competências das guardas municipais está pronta pra votação em plenário.
De Brasília, Paula Bittar.
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