quarta-feira, 17 de agosto de 2011

OUÇA AS DELCARAÇÕES QUE DERRUBARAM O EX-COMANDANTE DA PM DE JARAGUÁ DO SUL (SC)

O tenente-coronel Luiz Rogério Kumlehn, ex-comandante do 14º Batalhão da Polícia Militar de Jaraguá do Sul, foi transferido para Florianópolis, por ordens do comandante geral da PM. Uma gravação anônima de Kumlehn com policiais militares com ofensas a delegados acirrou ainda mais a disputa entre as PM e Polícia Civil.


Em nota oficial, o secretário de Estado da Segurança Pública, César Grubba, anunciou a exoneração do militar e classificou o episódio como "fato isolado" e determinou a imediata instauração de Inquérito Policial Militar a ser conduzido pela corregedoria da Polícia Militar. À tarde, o comandante da PM, coronel Nazareno Marcineiro, convocou a imprensa para falar sobre o caso.

A transcrição
(Trechos foram suprimidos por conterem termos impublicáveis)

“E aquele documentozinho que o delegado aí mandou pra mim dizendo que eu tenho cinco dias pra responder, dizendo que eu tenho que...

“Ó primeira coisa: não tenho nem obrigação de te responder. Pra começar, nem obrigação eu tenho. Quer? Vá investigar. Quer cópia da ficha de ocorrência? Tá aí a cópia já, tá aí. A ficha de ocorrência já tá aí. Quer? Quer mais informação? Vai investigar.

“Ah! Sabe o que vocês fazem? Vocês pegam uma investigação e começam por onde? Pelas informações que a PM dá. Aí, como tá tudo bem mastigadinho, aí vocês dão prosseguimento ao trabalho. E aí depois vão pra imprensa dizer que o trabalho é de vocês. Isso é o costume de vocês. Só que eu não tô aqui pra discutir com a imprensa. Eu não corro atrás da imprensa pra falar; a imprensa vem atrás de mim pra conversar. Quando vem atrás de mim, eu atendo bem a imprensa, é só isso que eu faço.

“Agora vocês vêm dizer pra mim que só querem atender ocorrência de vulto? Acho que estão no lugar errado. Vocês estão aqui para servir ao público, independente se o crime é um alfinete ou é um tiro na testa. Não interessa.

“É, tá vendo, não da nem para conversar!

“Resultado, o promotor - que deve (*) pro delegado, promotor com jeito de (*), deve (*) pro delegado né, ele tá - não fala mais com o comandante. O promotor não fala mais com o comandante. E a juíza mandou uma correspondência para o comandante-geral. Só que eu, como de burro não tenho nada, né? Posso ter uma cara de tanso, assim, mas de burro eu não tenho nada.

“Isso foi uma discussão que começou quarta-feira às 7 horas da noite no fórum, acabou 9 e meia da noite. Às 10 horas eu liguei para o Comandante-geral: Preciso conversar com o senhor.

“Comandante-geral: Vm aqui amanhã de manhã.

“Quinta feira de manhã, eu vazei para Floripa. Cheguei lá e disse: ‘Ó é assim, assim, assim e assim.’

“Sabe o que o Comandante-geral disse?: “Dá com os dois pés. Enquanto eu estiver nessa cadeira, tu fica na tua”.

“Aí, olha como são as coisas, vê o que que é o cara ser pré ocupado, se ocupar antes de a coisa acontecer.

“Quinta feira à tarde, me liga o Senador da República, Paulo Bauer.

Paulo Bauer: Ô alemão!

Comandante: Diga, chefe, o que o senhor tem pra me dizer?

Paulo Bauer: Que é que deu aí?

Comandante: Deu aqui o quê?

Paulo Bauer: Ah, andei sabendo que tem uns probleminhas aí tal e tal...

Comandante: Não. Na verdade os delegados querem subir nas minhas costas e nas minhas costas ninguém vai subir não… cada um que ande com as suas pernas.

Paulo Bauer: Não, só pra tu saber, já falei como o Secretário, ta tudo tranquilo, pode continuar…

Comandante: Por quê? Porque o promotor de Justiça, que é amigo do secretário de Segurança Pública, que é promotor de Justiça, já (assovio) fincou (*) do comandante, é assim que funciona.

“Mas ele não tarda por esperar!”
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