segunda-feira, 25 de abril de 2011

VIDEOMONITORAMENTO DE SÃO PAULO FEITO PELA GCM


Câmeras instaladas nas principais ruas e avenidas de São Paulo mandam informações em tempo real para a central de monitoramento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Além de acompanhar o trânsito, esses equipamentos servem também para o combate à violência. Mais da metade das cidades da Grande São Paulo conta com câmeras e centrais que monitoram as imagens. Elas registram muitos flagrantes de acidentes e crimes. O Big Brother da segurança pública torna mais rápidos resgates a vítimas de acidentes de trânsito. Em casos de atropelamentos gravados pelas câmeras, por exemplo, os bombeiros são imediatamente avisados. 



E os equipamentos registram também flagrantes, como uma briga de bar que termina com um homem morto no meio de uma avenida. Ou um assalto numa passarela sobre a Rodovia dos Imigrantes.

Na entrada de um conjunto habitacional, um rapaz prepara um cigarro de maconha. Em outro flagrante, vândalos usam um cone de sinalização para destruir um cartaz. Em seguida, quebram lixeiras. Os criminosos foram presos. Quem usava droga acabou na delegacia. E, os vândalos, obrigados a recolher todo o lixo que espalharam.


As lentes das câmeras ficam apontadas para lugares considerados mais violentos. "Para a implantação dessas câmeras, nós fazemos uma avaliação dos indicadores. Naqueles em que há uma maior necessidade de acompanhamento, fazemos a instalação dessas câmeras", comenta o major Carlos Alberto Juvino, comandante da Guarda Municipal de Barueri (SP).

Barueri é a cidade mais bem equipada da Grande São Paulo. O município investiu R$ 11 milhões em 270 câmeras e um centro de monitoramento. Seis Guardas Municipais se revezam diante dos monitores, 24 horas por dia. Deu resultado e o número de homicídios caiu. Há dez anos, eram mais de 60 para cada cem mil habitantes. Em 2010, foram 5,8.

As câmeras ficam em postes e "enxergam" todos os lados. O alcance das lentes chega a um quilômetro. O sistema é bastante simples de se operar. Primeiro, o GCM escolhe qual câmera ele quer acompanhar. É possível movimentar a câmera para os lados, para cima e para baixo e há também um sistema de zoom.

Mais importante do que conhecer a operação do sistema, é saber o que procurar na imagem. "Cada operador conhece a rotina da cidade e sabe os crimes que ocorrem naquela região. E, por isso, ele sabe distinguir o cidadão de bem daquele que está mal intencionado", afirma o guarda municipal Wanderson Aparecido de Jesus.

Quando o Guarda observa uma atitude suspeita aciona o alerta. Um policial em outra sala repassa a informação para as equipes que estão na rua. E um carro segue para o local da ocorrência.

Em Santana de Parnaíba, além das câmeras fixas, todos os 34 carros da guarda são equipados com câmeras. "A câmera na viatura é importante para que a gente consiga dirimir dúvidas nas abordagens. Ninguém gosta de ser abordado, mas tem gente que extrapola e diz que o guarda foi truculento. Agora, a gente tem condições de dirimir essa dúvida", afirma o comandante da Guarda Municipal de Santana de Parnaíba (SP), Luiz Carlos Rocha.

Mas só o monitoramento das imagens não é garantia de segurança. Diadema, no ABC, é a segunda cidade com mais câmeras na Grande São Paulo. São 64 espalhadas pelas vias da cidade. É também a segunda mais violenta. "Não existe uma única ferramenta que consiga corrigir todos os problemas sociais de uma localidade. Nosso monitoramento é uma das ferramentas. Nós estamos também implementando operações e rondas específicas nos locais onde ocorrem mais crimes", diz Hideharu Gonbata, comandante da Guarda Municipal de Diadema (SP).
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